quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Vídeo, música.

Então, nossa classe estava procurando alguns videos sobre a Semana da Arte Moderna, de 1922. Acabamos achando alguns videos sobre a semana. :) Eles estão logo abaixo:



O Vídeo abaixo, mostra mais ou menos como eram as artes plásticas na semana, é bem simples. O artista, é chamado Rubens Tiano, e o vídeo tem muitas visualizações. Quem tiver conta no youtube, por favor.. comenta. Ficou bem legal mesmo!  Pelo o que deu para perceber, os modernistas abusavam da luz, contraste e criatividade.. o essencial pra um grande trabalho!

Fotografia e intervenções/ Rubens Tiano 

Todos os alunos foram responsáveis pela criação desse post, desde a procura dos vídeos a postagem...

Artes Visuais 1922


Arte Moderna : modernismo na 1ª metade do século XX
O marco desta época foi a Semana de Arte Moderna realizada em São Paulo, em fevereiro de 1922. Nesta semana, vários artistas comprometidos em mudar a cara da arte nacional se apresentaram e chocaram a sociedade. Quebraram com os padrões europeus e buscaram valorizar a identidade nacional e uma arte, cujo cenário de fundo, eram as paisagens brasileiras e o povo brasileiro. Inovaram e romperam com o tradicional. O modernismo preocupou-se muito a parte social do Brasil.
Destacam-se como artistas modernistas: Di Cavalcanti, Vicente do Rêgo, Anita Malfatti, Lasar Segall, Tarsilla do Amaral e Ismael Nery.
Para valorizar a arte modernista, embora reúnam obras de vários períodos, dois museus são criados nesta época: o MASP ( Museu de Arte Moderna de São Paulo), criado pelo empresário Assis Chateaubriand e o MAM-RJ ( Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro).




A exposição Torres García – Traços de Nova York, já pode ser vista na Caixa Cultural do Rio de Janeiro até o dia 13 de Junho. A mostra traz 150 obras, oferecidas pelo Museu Torrres García. A produção é de 1920 à 1922, época em que o artista residiu em Nova York. Alí, não descansou o olhar, registrando e reinventando para si o dinamismo da grande cidade, cada novo aspecto da paisagem urbana e da vida cotidiana: as ruas e seus personagens, o comércio, o porto, o transporte, os objetos, tudo registrado e recriado nas obras de papel num ritmo livre e vibrante que capta o espírito e o movimento da cidade.

Alunos responsáveis pela postagem: Jôsilaine Pereira, Laianne Jéssica, Tiago da Silva, Josiane Araujo, Fernanda F , Rafael Rodriguês, Jaqueline Cardoso, Tais Oliveira.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Artista semana da arte moderna

Semana da Arte Moderna 1922

A Semana de Arte  Moderna de 22, realizada entre 11 e 18 de fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo, contou com a participação de escritores, artistas plásticos, arquitetos e músicos, visava renovar o ambiente artístico e cultural da cidade via “a perfeita demonstração do que há em nosso meio em escultura, arquitetura, música e literatura sob o ponto de vista rigorosamente atual“, como informava o Correio Paulistano a 29 de janeiro de 1922. A produção de uma arte  brasileira, afinada com as tendências vanguardistas da Europa, sem contudo perder o caráter nacional, era uma das grandes aspirações que a Semana tinha em divulgar.

em 1917, recém chegada dos Estados Unidos e da Europa, foram um marco para o Modernismo Brasileiro. As obras da pintora então afinadas com as tendências vanguardistas absorvidas nesses dois locais chocou grande parte do público e causou violentas reações da crítica conservadora. Ao redor dela reuniram-se jovens despertos para uma necessidade de renovação da arte brasileira. Além disso, traços dos ideais que a Semana propunha já podiam ser notados em trabalhos de artistas isoladamente que dela participaram (além de outros que foram excluídos do evento). Desde a exposição de Malfatti, havia dado tempo para que os artistas de pensamentos semelhantes se agrupassem. Em 1920, por exemplo, Oswald de Andrade já falava de amplas manifestações de ruptura, com debates abertos. 







                                 Vik Muniz artista plástico
      
                   
       
                  

              


Mário de Andrade, com suas conferências, leituras de poemas e publicações em jornais foi uma das personalidades mais ativas da Semana. Oswald de Andrade talvez fosse um dos artistas que melhor representavam o clima de ruptura que o evento procurava criar. Manuel Bandeira, mesmo distante, provocou inúmeras reações de agrado e de ódio devido a seu poema “Os Sapos“, que fazia uma sátira do Parnasianismo, lido durante o evento. Entretanto, acredita-se que a Semana de Arte Moderna não tenha tido originalmente o alcance e amplitude que posteriormente foram atribuídos ao evento. A exposição de arte, por exemplo, parece não ter sido coberta pela imprensa da época. Somente teve nota publicada por participantes da Semana que trabalhavam em jornais como Mário de Andrade, Menotti del Picchia e Graça Aranha (justamente os três conferencistas, cujas idéias causaram grande alarde na imprensa). Yan de Almeida Prado, em 72, chegou mesmo a declarar que“ a Semana de Arte Moderna pouca ou nenhuma ação desenvolveu no mundo das artes e da literatura“, atribuindo a fama dos sete dias aos esforços de Mário e Oswald de Andrade.
Entretanto, parece ter cabido a Di Cavalcanti a sugestão de “uma semana de escândalos literários e artísticos, de meter os estribos na barriga da burguesiazinha paulistana.“ Artistas e intelectuais de São Paulo e do Rio de Janeiro, tendo Graça Aranha à frente, organizavam a Semana, prevista para se realizar em fevereiro de 1922. Uma exposição de artes plásticas - organizada por Di Cavalcanti e Rubens Borba de Morais, com a colaboração de Ronald de Carvalho, no Rio - acompanharia as demais atividades previstas. Graça Aranha, sob aplausos e vaias abriu o evento, com sua conferência inaugural “A Emoção Estética na Arte Moderna“. Anunciava “coleções de disparates“ como “aquele Gênio supliciado, aquele homem amarelo, aquele carnaval alucinante, aquela paisagem invertida“ (temas da exposição plástica da semana), além de “uma poesia liberta, uma música extravagante, mas transcendente” que iriam “revoltar aqueles que reagem movidos pelas forças do Passado.“
A exposição de Anita Malfatti
Tratava-se de uma próspera cidade, que recebia grande número de imigrantes europeus e modernizava-se rapidamente, com a implantação de indústrias e reurbanização. Era, enfim, uma cidade favorável a ser transformada num centro cultural da época, abrigando vários jovens artistas. Bem antes da Semana de Arte Moderna de 22 já se reuniam as forças que tornariam possível o evento.
Pretendiam, entretanto, utilizar-se de forma consciente desses modelos europeus para uma renovação da arte nacional, preocupados em realizar uma arte nitidamente brasileira, sem complexos de inferioridade em relação à arte produzida na Europa. De acordo com o catálogo da mostra, participavam da Semana os seguintes artistas: Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Zina Aita, Vicente do Rego Monteiro, Ferrignac (Inácio da Costa Ferreira), Yan de Almeida Prado, John Graz, Alberto Martins Ribeiro e Oswaldo Goeldi - com pinturas e desenhos; Victor Brecheret, Hildegardo Leão Velloso e Wilhelm Haarberg (alemão no Brasil desde) - com esculturas; Antonio Garcia Moya e Georg Przyrembel (polonês em São Paulo desde 1913) - com projetos arquitetônicos. Além disso, havia escritores como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Sérgio Milliet, Plínio Salgado, Ronald de Carvalho, Álvaro Moreira, Renato de Almeida, Ribeiro Couto e Guilherme de Almeida e músicos como Villa-Lobos, Guiomar Novais, Ernâni Braga e Frutuoso Viana. São Paulo dos anos 20 era a cidade que melhor apresentava condições para a realização de tal evento.
Cem anos após a independência do país, os jovens modernistas pretendiam redescobrir o Brasil, libertando-o das amarras que o prendiam aos padrões estrangeiros. Negavam, antes de mais nada, o “academicismo“ nas artes, influenciados esteticamente por tendências e movimentos como O Cubismo, o Expressionismo e diversas ramificações pós- impressionistas como Divisionismo (ver Neo-Impressionismo). 

Por: Daniela mendes, Bruno sousa,Thatiane, Lindaiane,Raissa,Momay,Livia,Jessica,Estela e Lorrany Assis.

A Semana da Arte Moderna

                                                             Introdução


A Semana de Arte Moderna ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo, em 1922, tendo como objetivo mostrar as novas tendências artísticas que já vigoravam na Europa. Esta nova forma de expressão não foi compreendida pela elite paulista, que era influenciada pelas formas estéticas européias mais conservadoras. O idealizador deste evento artístico e cultural foi o pintor Di Cavalcanti

                                                 Participações e como foi

Em um período repleto de agitações, os intelectuais brasileiros se viram em um momento em que precisavam abandonar os valores estéticos antigos, ainda muito apreciados em nosso país, para dar lugar a um novo estilo completamente contrário, e do qual, não se sabia ao certo o rumo a ser seguido.

No Brasil, o descontentamento com o estilo anterior foi bem mais explorado no campo da literatura, com maior ênfase na poesia. Entre os escritores modernistas destacam-se: Oswald de Andrade, Guilherme de Almeida e Manuel Bandeira. Na pintura, destacou-se Anita Malfatti,que realizou a primeira exposição modernista brasileira em 1917. Suas obras, influenciadas pelo cubismo, expressionismo e futurismo, escandalizaram a sociedade da época. Monteiro Lobato não poupou críticas à pintora, contudo, este episódio serviu como incentivo para a realização da Semana de Arte Moderna.

A Semana, na verdade, foi a explosão de idéias inovadoras que aboliam por completo a perfeição estética tão apreciada no século XIX. Os artistas brasileiros buscavam uma identidade própria e a liberdade de expressão; com este propósito, experimentavam diferentes caminhos sem definir nenhum padrão. Isto culminou com a incompreensão e com a completa insatisfação de todos que foram assistir a este novo movimento. Logo na abertura, Manuel Bandeira, ao recitar seu poema Os sapos, foi desaprovado pela platéia através de muitas vaias e gritos.

Embora tenha sido alvo de muitas críticas, a Semana de Arte Moderna só foi adquirir sua real importância ao inserir suas idéias ao longo do tempo. O movimento modernista continuou a expandir-se por divulgações através da Revista Antropofágica e da Revista Klaxon, e também pelos seguintes movimentos: Movimento Pau-Brasil, Grupo da Anta, Verde-Amarelismo e pelo Movimento Antropofágico.

Todo novo movimento artístico é uma ruptura com os padrões utilizados pelo anterior, isto vale para todas as formas de expressões, sejam elas através da pintura, literatura, escultura, poesia, etc. Ocorre que nem sempre o novo é bem aceito, isto foi bastante evidente no caso do Modernismo, que, a principio, chocou por fugir completamente da estética européia tradicional que influenciava os artistas brasileiros.
Nós escolhemos: Tarsila do Amaral
                                                    Tarsilia do Amaral
                                 
historio: Tarsila participou ativamente da renovação da arte brasileira que se processou na década de 1920. Integrou-se ao movimento modernista e ligou-se com especial interesse à questão da brasilidade. Formou, com Anita Malfatti, Menotti del Picchia, Mário de Andrade e Oswald de Andrade, com quem se casou em 1924, o chamado Grupo dos Cinco.

Tarsila do Amaral nasceu em Capivari SP em 1886. Estudou com Pedro Alexandrino, a partir de 1917, e depois com George Fischer Elphons, em São Paulo. Em Paris freqüentou a Académie Julien, sob a orientação de Émile Renard. Entrou em contato com Fernand Léger, cujo estilo a marcou sobremodo, André Lhote e Albert Gleisse, e estruturou sua personalidade artística a partir das influências cubistas. Em 1922 participou em Paris do Salão dos Artistas Franceses.

Retornando ao Brasil em 1924, percorreu as cidades históricas mineiras em companhia do escritor francês Blaise Cendrars. Deslumbrada com a decoração popular das casas dessas cidades, assimilou a tradição barroca brasileira às recém-adquiridas teorias e práticas cubistas e criou uma pintura que foi denominada Pau-Brasil. Essa pintura inspirou um movimento, variante brasileira do cubismo, e influenciou Portinari.

Em 1926 Tarsila expôs na galeria Percier em Paris. Iniciou-se então sua fase antropofágica, de retorno ao primitivo, da qual o exemplo mais notável é o quadro "Abaporu". Presente na I e II Bienais de São Paulo, foi premiada na primeira. Na Bienal de São Paulo de 1963, sala especial foi dedicada à retrospectiva de sua obra. Foram apresentadas suas diversas fases e deu-se destaque ao quadro "Operários" (1933), da fase social, em que as cores são mais sombrias mas a nitidez anterior é conservada. Outra obra do mesmo período é "Segunda classe".
                                        
                                  Abaporu                                                                     Operários
                                                    
                                                        
                                                                           Segunda classe

Tarsila esteve ainda representada na mostra Arte Moderna no Brasil (1957), na XXXII Bienal de Veneza (1964) e na mostra Arte da América Latina desde a Independência (1966). Em 1960 o Museu de Arte Moderna de São Paulo organizou retrospectiva de sua obra. Entre suas demais telas destacam-se "A negra", no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, e "São Paulo", na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Tarsila morreu em São Paulo SP em 17 de janeiro de 1973.
                                                  
                                                                   A negra
Por: Raquel Khatlen, Monalisa Luisa,Vernon, Thaís Alves, Victor Hugo 3° "C"

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Musicas: Semana da Arte Moderna 1922


Música

 A Semana, de uma certa maneira, nada mais foi do que uma ebulição de novas ideias totalmente libertadas, nacionalista em busca de uma identidade própria e de uma maneira mais livre de expressão. Não se tinha, porém, um programa definido: sentia-se muito mais um desejo de experimentar diferentes caminhos do que de definir um único ideal moderno.

  • 13 de fevereiro (Segunda-feira) - Foi a abertura oficial do evento. O dia foi dedicado as esculturas e pinturas. Tudo transcorreu em certa calma neste dia.
  • 15 de fevereiro (Quarta-feira)- Dia dedicado aos poemas e á arte estética. A noite acaba em algazarra.
  • 17 de fevereiro (Sexta-feira)-  O dia mais tranquilo da semana, apresentações musicais de Villa-Lobos, com participação de vários músicos. O público em número reduzido, portava-se com mais respeito, até que Villa-Lobos entra de casaca, mas com um pé calçado com um sapato, e outro com chinelo; o público interpreta a atitude como futurista e desrespeitosa e vaia o artista impiedosamente. Mais tarde, o maestro explicaria que não se tratava de modismo e, sim, de um calo inflamado. 
 Na música, estiveram presentes nomes consagrados, como Villa-Lobos, Guiomar Novais, Ernâni Braga e    Frutuoso Viana.

              Villa-Lobos
                        Heitor Villa-Lobos nasceu no Rio de Janeiro, em 1887.

Considerado uma das figuras mais importantes da história da música no Brasil, aprendeu a tocar violoncelo aos seis anos de idade com o pai, músico amador. Foi também nessa época que conheceu a obra de Bach, que tanto o influenciaria no futuro. 

Em 1905, começou a percorrer o Brasil, familiarizando-se com a temática da música popular - cantigas de viola, reisados, frevos. Durante anos recolheu e anotou mais de 1.000 temas folclóricos. Dez anos depois, fez sua estréia como compositor, apresentando-se numa série de concertos no Rio de Janeiro. Nessa época, enquanto compunha suas obras, sobrevivia tocando violoncelo nas orquestras dos teatros e cinemas cariocas. A modernidade de sua música provocou reações adversas nos jornais.
Em 1922, participou da Semana de Arte Moderna de São Paulo, apresentando no Teatro Municipal obras de sua autoria em primeira audição. A partir de 1922, seu trabalho revelou crescente afinamento com a temática nacionalista e modernista que presidiu a Semana. Já bastante conhecido no meio musical brasileiro, Villa-Lobos transferiu-se em 1923 para Paris, onde permaneceu um ano. 
Villa-Lobos faleceu no Rio de Janeiro, em 1959, deixando cerca de 1.500 peças, nos mais diversos gêneros e para as mais diversas formações instrumentais e vocais. No ano seguinte, foi fundado, em sua homenagem, o Museu Villa-Lobos, no Rio de Janeiro. 





Alunos responsaveis pela postagem do assunto: Aline Dutra, Airton Gomes, Brenda Coutinho, Gregório Gabriel , Jessé Rodrigues , Jéssica G. , Monalisa, Raquel, Thais Alves e Luisa       

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Artistas da semana da Arte moderna!

Artista semana da arte moderna


► Semana da Arte Moderna 1922
A Semana de Arte Moderna de 22, realizada entre 11 e 18 de Fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo, contou com a participação de escritores, artistas plásticos, arquitetos e músicos, visava renovar o ambiente artístico e cultural da cidade via “a perfeita demonstração do que há em nosso meio em escultura, arquitetura, música e literatura sob o ponto de vista rigorosamente atual“, como informava o Correio Paulistano a 29 de Janeiro de 1922. A produção de uma arte brasileira, afinada com as tendências vanguardistas da Europa, sem contudo perder o caráter nacional, era uma das grandes aspirações que a Semana tinha em divulgar.

Cem anos após a independência do país, os jovens modernistas pretendiam redescobrir o Brasil, libertando-o das amarras que o prendiam aos padrões estrangeiros. Negavam, antes de mais nada, o “academicismo“ nas artes, influenciados esteticamente por tendências e movimentos como O Cubismo, o Expressionismo e diversas ramificações pós- impressionistas como Divisionismo (ver Neo-Impressionismo).

Pretendiam, entretanto, utilizar-se de forma consciente desses modelos europeus para uma renovação da arte nacional, preocupados em realizar uma arte nitidamente brasileira, sem complexos de inferioridade em relação à arte produzida na Europa. De acordo com o catálogo da mostra, participavam da Semana os seguintes artistas: Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Zina Aita, Vicente do Rego Monteiro, Ferrignac (Inácio da Costa Ferreira), Yan de Almeida Prado, John Graz, Alberto Martins Ribeiro e Oswaldo Goeldi - com pinturas e desenhos; Victor Brecheret, Hildegardo Leão Velloso e Wilhelm Haarberg (alemão no Brasil desde) - com esculturas; Antonio Garcia Moya e Georg Przyrembel (polonês em São Paulo desde 1913) - com projetos arquitetônicos. Além disso, havia escritores como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Sérgio Milliet, Plínio Salgado, Ronald de Carvalho, Álvaro Moreira, Renato de Almeida, Ribeiro Couto e Guilherme de Almeida e músicos como Villa-Lobos, Guiomar Novais, Ernâni Braga e Frutuoso Viana. São Paulo dos anos 20 era a cidade que melhor apresentava condições para a realização de tal evento.

Tratava-se de uma próspera cidade, que recebia grande número de imigrantes europeus e modernizava-se rapidamente, com a implantação de indústrias e reurbanização. Era, enfim, uma cidade favorável a ser transformada num centro cultural da época, abrigando vários jovens artistas. Bem antes da Semana de Arte Moderna de 22 já se reuniam as forças que tornariam possível o evento.

A exposição de Anita Malfatti em 1917, recém chegada dos Estados Unidos e da Europa, foram um marco para o Modernismo Brasileiro. As obras da pintora então afinadas com as tendências vanguardistas absorvidas nesses dois locais chocou grande parte do público e causou violentas reações da crítica conservadora. Ao redor dela reuniram-se jovens despertos para uma necessidade de renovação da arte brasileira. Além disso, traços dos ideais que a Semana propunha já podiam ser notados em trabalhos de artistas isoladamente que dela participaram (além de outros que foram excluídos do evento). Desde a exposição de Malfatti, havia dado tempo para que os artistas de pensamentos semelhantes se agrupassem. Em 1920, por exemplo, Oswald de Andrade já falava de amplas manifestações de ruptura, com debates abertos.

Entretanto, parece ter cabido a Di Cavalcanti a sugestão de “uma semana de escândalos literários e artísticos, de meter os estribos na barriga da burguesiazinha paulistana.“ Artistas e intelectuais de São Paulo e do Rio de Janeiro, tendo Graça Aranha à frente, organizavam a Semana, prevista para se realizar em fevereiro de 1922. Uma exposição de artes plásticas - organizada por Di Cavalcanti e Rubens Borba de Morais, com a colaboração de Ronald de Carvalho, no Rio - acompanharia as demais atividades previstas. Graça Aranha, sob aplausos e vaias abriu o evento, com sua conferência inaugural “A Emoção Estética na Arte Moderna“. Anunciava “coleções de disparates“ como “aquele Gênio supliciado, aquele homem amarelo, aquele carnaval alucinante, aquela paisagem invertida“ (temas da exposição plástica da semana), além de “uma poesia liberta, uma música extravagante, mas transcendente” que iriam “revoltar aqueles que reagem movidos pelas forças do Passado.“

Mário de Andrade, com suas conferências, leituras de poemas e publicações em jornais foi uma das personalidades mais ativas da Semana. Oswald de Andrade talvez fosse um dos artistas que melhor representavam o clima de ruptura que o evento procurava criar. Manuel Bandeira, mesmo distante, provocou inúmeras reações de agrado e de ódio devido a seu poema “Os Sapos“, que fazia uma sátira do Parnasianismo, lido durante o evento. Entretanto, acredita-se que a Semana de Arte Moderna não tenha tido originalmente o alcance e amplitude que posteriormente foram atribuídos ao evento. A exposição de arte, por exemplo, parece não ter sido coberta pela imprensa da época. Somente teve nota publicada por participantes da Semana que trabalhavam em jornais como Mário de Andrade, Menotti del Picchia e Graça Aranha (justamente os três conferencistas, cujas idéias causaram grande alarde na imprensa). Yan de Almeida Prado, em 72, chegou mesmo a declarar que“ a Semana de Arte Moderna pouca ou nenhuma ação desenvolveu no mundo das artes e da literatura“, atribuindo a fama dos sete dias aos esforços de Mário e Oswald de Andrade.
Vik Muniz artista plástico

Os artista que participaram da semana da arte moderna

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

VÍDEO, BAUHAUS.

Ei amiguinhos *-* Haha, 2º bimestre tá completinho! Estava eu, com toda a minha inteligência olhando alguns videos e procurando algo sobre Bauhaus. Acabei encontrando um vídeo, feito por um grupo de alunos de faculdade sobre Bauhaus. Quem não gostou de ler as coisas do blog, mas pela imagem ficou curioso com a historia (que é BEEEM interessante) dê uma olhada no vídeo, eu assisti. Ele dura o tempo de 4:47, e é facil de entender. Espero que ajude!
Video no link abaixo:



                                                                                                                              Postado por: Josilaine Pereira.
                    Uma das letras predominantes nos impressos da Bauhaus foi a Akzidenz Grotesk.


Staatliches Bauhaus Weimar 1919-1923 — Lazlo Moholy-Nagy.


Moholy-Nagy, que antes de integrar o corpo docente da Bauhaus, já se havia familiarizado com o construtivista El Lissitzy e seu trabalho, criou uma inconfundível imagem visual para a escola usando formatos de letras simples, cores fortes, composições intrigantes de fotografia e texto.
Letras avulsas, vogais e consoantes, eram isoladas e tratadas como elementos de composição. Uma abordagem tipográfica séria mas que continha um elemento quase teatral.
Moholy-Nagy que atribuía uma grande importância à fotografia no design gráfico, desenvolveu pesquisas paralelamente a Richter e Man Ray e dedicou-se ao estudo da luz e do movimento podendo ser considerado um dos precursores da pesquisa visual-cinética e da op-art que se difundiu na Europa e nos EUA nos anos 60.
Moholy-Nagy encorajava as tentativas de seus estudantes de “romper as convenções em relação ao conteúdo e à forma tradicional da tipografia e com isso, simbolicamente, o conteúdo e a forma da sociedade que aplicava mecanicamente as normas do passado”.
Ele considerava tipografia e layout uma arte e uma ciência ao mesmo tempo que se desenvolvia a partir de técnicas de impressão.
“A natureza e o objetivo da comunicação (folheto ou pôster) determinam a maneira e o uso do material tipográfico”
«Em contraste com o equilíbrio estático concêntrico de séculos, hoje busca-se produzir um equilíbrio dinâmico-excêntrico».
Ordem, simplificação e claridade eram os ideais gráficos.
As composições eram formadas por tipos dispostos verticalmente, diagonalmente e horizontalmente e por formas geométricas simples, como quadrados, círculos, triângulos que criavam ritmos e continuidades conduzindo o olhar de um bloco de texto ao outro.
Outra característica era o uso de barras pretas para dar ênfase e a manipulação do branco com o mesmo objetivo.

Bibliografia:

Alunos responsáveis pela postagem: Lorrany, Estela, Bruno, Lindaiana, Monay, Jéssica, Daniela, Raíssa, Tatiane, Lívia

Introdução à história do design

Bauhaus procurou inserir uma forma bem limpa e pura em todas as coisas que construia, utilizando-se de formas geométricas, com cores básicas, geralmente o preto e o branco, para contrastar com a burguesia da época que utilizava cores fortes. O seu estilo de design passou a ser aplicado em prédios casas, móveis, objetos e tudo mais que fosse possível inserir formas. 
A configuração prático-funcional dos produtos industriais da Bauhaus baseava-se na teoria estética da redução das formas aos elementos básicos. Esta tendência é favorecida pela forte cooperação com a indústria 
As funções estéticas unem-se às funções práticas.
Apesar da concepção dos objectos tender à utilização da técnica industrial como forma de alcançar a função prática, a componente estética mantem-se como esteio e paradigma para a produção.
Cadeira de tubo de aço de Marcel Breuer
      A famosa cadeira desenhada por Marcel Breuer, 1925/26.
Marcel Breuer, Cadeira modelo No. B32, 1928/31. Material: estrutura de aço tubular cromado, assento e costas em palhinha.

O estilo passou a influenciar também diversos arquitetos do período, não apenas dentro da Alemanha ou aqueles que aprenderam na escola Bauhaus, como também em diversos outros países, e seu estilo "simples" e limpo de dar forma às coisas rapidamente se espalhou. Dentre os principais professores da escola na época, destacam-se além de Goupius, Kandinsky e Paul Klee,

Com o crescimento do Partido Nacional Socialista, ou Nazista, como se tornou conhecido, um novo conceito de arte passou a ser incorporado pelos alemães, baseado nos ideais de beleza e arquitetura grega. Isso afetou diretamente a escola Bauhaus, onde muitos de seus professores e até mesmo criadores(inclusive Walter Groupius) migraram para outros países para continuarem seus trabalhos.

Atualmente a Bauhaus é considerada como parte importantíssima do movimento que gerou o design moderno, um marco na história das artes, revolucionando o design e a arquitetura, e vem sendo ensinado em diversas escolas no mundo inteiro. 

Bibliografia:

Alunos Responsáveis pela postagem : Airton Gomes, Aline Dutra, Brenda Coutinho, Jéssica G, Tiago da Silva, Jessé Rodrigues, Gregorio Gabriel, Raquel, Tais Alves, Monalisa L., Victor Hugo, Vernon, Luiza.

Bauhaus , revolução da arquitetura.

Desenho racional, paleta de cores que prioriza o azul, o vermelho e o amarelo, o geométrico e o assimétrico substituindo o ornamento. Como o arquiteto Aurelio Martinez dizia : "A Bauhaus chegou com outro conceito: O mais importante é a habilidade técnica. Assim, as criações nada teriam além do absolutamente funcional, decretando o fim dos enfeites desnecessários."
No morar, a Bauhaus propunha a superação de estilos como o Barroco. Uma das formas era brincar com os volumes da fachada, o que evoca os quadros de Mondrian. Em 1927, um grupo de 17 arquitetos,- dentro deles Le Cobursier e Gropius - montou uma exposição de arquitetura em Stuttgart. Nela quase 500 mil pessoas se surpreenderam com a série de habitaçoes coletivas, de fachada sóbria e aberturas repetitivas, ousadia que enchia as construções de luz e ventilação.

Com plantas baixas flexíveis, os arquitetos da Bauhaus tentaram criar aí uma atmosfera saudável, plena de luz e ventilação. Em comum, estavam a superação do ecletismo arquitetônico, a junção da arquitetura com a vida e o emprego de novas técnicas e novos materiais. Sua arquitetura era cúbica e sem ornamentos. Um mínimo de forma deveria garantir o máximo de liberdade.
Weissenhof caiu em desgraça após 1933. Criticado pelos nazistas como uma “vergonha”, “subúrbio de Jerusalém” ou “cidade de árabes”, a Segunda Guerra lhe poupou a demolição. O conjunto habitacional foi restaurado nos anos de 1980 e recebe, anualmente, milhares de turistas. O mesmo aconteceu com o prédio de Gropius em Dessau: restaurado entre 1996 e 2006, o edifício da Bauhaus é, hoje, Patrimônio Cultural da Humanidade.
Ironicamente, pouco da Bauhaus foi produzido pela industria da época - boa parte do mobiliario só se popularizou nos anos 50, quando empresas como norte americana Knoll editaram peças dos designers que são simbolo da escola até hoje, destaca Annearie J. Diretora do Bauhaus Archiv, em Berlim.
                             No mobiliário, a Bauhaus se materializa nas linhas puras da cadeira Wassily, 
               criada por Marcel Breruer em 1925:leveza do desenho a serviço do conforto.

A Bauhaus influenciou o jeito de fazer aquitetura ao redor do mundo. ''No Brasil, o maior divulgador desse ideário foi Le Corbusier, que influenciou profundamente a escola carioca, capitaneada por Oscar Niemeyer", destaca o arquiteto Fernando Vasquez.

Bibliografia:

Alunos responsáveis pela postagem : Brenda Alves, Josilaine Pereira, Laiane Jéssica, Josiane Araujo, Jaqueline Cardoso, Fernanda Ferreira, Rafael Rodrigues, Tais Oliveira e Deize Kelly.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Bauhaus

                                                       W. Gropius 
                                             Berlim, 18 maio 1883


Walter Gropius (Berlim, 18 de maio de 1883 — Boston, 5 de julho de 1969) foi um arquiteto alemão. É considerado um dos principais nomes da arquitetura do século XX, tendo sido fundador da Bauhaus, escola que foi um marco no design, arquitetura e arte moderna e diretor do curso de arquitetura da Universidade de Harvard. 

         Bauhaus

 
BAUHAUS - DESSAU, GERMANY
1926

     
     
                                       BAUHAUS - DESSAU, GERMANY   1926 


A Staatliches-Bauhaus (literalmente, casa estatal da construção, mais conhecida simplesmente por Bauhaus) foi uma escola de design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda que funcionou entre 1919 e 1933 na Alemanha. A Bauhaus foi uma das maiores e mais importantes expressões do que é chamado Modernismo no design e na arquitetura, sendo a primeira escola de design do mundo.

A escola foi fundada por Walter Gropius em 25 de abril de 1919, a partir da reunião da Escola do Grão-Duque para Artes Plásticas . A maior parte dos trabalhos feitos pelos alunos nas aulas-oficina foi vendida durante a Segunda Guerra Mundial. A intenção primária era fazer da Bauhaus uma escola combinada de arquitetura, artesanato, e uma academia de artes, e isso acabou sendo a base de muitos conflitos internos e externos que se passaram ali.

Gropius pressentiu que começava um novo período da história com o fim da Primeira Guerra Mundial e decidiu que a partir daí dever-se-ia criar um novo estilo arquitetônico que refletisse essa nova época. O seu estilo tanto na arquitetura quanto na criação de bens de consumo primava pela funcionalidade, custo reduzido e orientação para a produção em massa, sem jamais limitar-se apenas a esses objetivos. O próprio Gropius afirma que antes de um exercício puro do racionalismo funcional, a Bauhaus deveria procurar definir os limites deste enfoque, e através da separação daquilo que é meramente arbitrário do que é essencial e típico, permitir ao espírito criativo construir o novo em cima da base tecnológica já adquirida pela humanidade. Por essas razões Gropius queria unir novamente os campos da arte e artesanato, criando produtos altamente funcionais e com atributos artísticos. Ele foi o diretor da escola de 1919 a 1928, sendo sucedido por Hannes Meyer e Ludwig Mies van der Rohe.

A Bauhaus tinha sido grandemente subsidiada pela República de Weimar. Após uma mudança nos quadros do governo, em 1925 a escola mudou-se para Dessau, cujo governo municipal naquele momento era de esquerda. uma nova mudança ocorre em 1932, para Berlim, devido à perseguição do recém-implantado governo nazista.
Bauhaus-Dessau Verbindung.JPG

Em 1933, após uma série de perseguições por parte do governo hitleriano, a Bauhaus é fechada, também por ordem do governo. Os nazistas que se opuseram à Bauhaus durante a década de 1920, bem como a qualquer outro grupo que tivesse uma orientação política de esquerda. A escola foi considerada uma frente comunista, especialmente porque muitos artistas russos trabalhavam ou estudavam ali. Escritores nazistas como Wilhelm Frick e Alfred Rosenberg clamavam directamente que a escola era "anti-Germânica," e desaprovavam o seu estilo modernista. Contudo, a Bauhaus teve impacto fundamental no desenvolvimento das artes e da arquitetura do ocidente europeu, e também dos Estados Unidos da América e Israel nas décadas seguintes - para onde se encaminharam muitos artistas exilados pelo regime nazista. A Cidade Branca de Tel Aviv, em Israel, que contém um dos maiores espólios de arquitectura Bauhaus em todo o Mundo, foi classificada como Património Mundial em 2003.

O principal campo de estudos da Bauhaus era a arquitetura (como fica implícito até pelo seu nome), e procurou estabelecer planos para a construção de casas populares baratas por parte da República de Weimar. Mas também havia espaço para outras expressões artísticas: a escola publicava uma revista chamada Bauhaus e uma série de livros chamados Bauhausbücher. O diretor de publicações e design era Herbert Bayer.



Bibliografia:


Alunos responsáveis pela postagem: Priscila, Airton Cunha , Watilla, Fabienne, Caio, Jefferson, Leonardo, Fábio. Rafael Rodrigues , Cristiane.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

VIDEO :) BURLE MARX.

 Então, nós do 3C estavamos procurando alguns videos sobre o Burle M. e achamos esse video. Ele é bem interessante! Explica tudo direitinho sobre o arquiteto.. O vídeo aborda algumas partes sobre a exposição e como ele via as coisas. O link do video segue abaixo:

Burle Marx - O paisagista a frente do seu tempo.

"Sua visão futurista, sua ousadia, sua imaginação criativa e indômita e seu patriotismo o transformaram no reformulador do paisagismo brasileiro – Rômulo Cavalcanti Braga."

 A história do paisagismo brasileiro, a partir de 1930, está intrinsecamente ligada à obra mundialmente famosa de Roberto Burle Marx. É um dos brasileiros mais consagrados no exterior em todos os tempos. Quarto filho do alemão Wilhelm Marx com a pernambucana Cecília Burle, Roberto nasceu em São Paulo, em 1909, mas ainda nem havia ido para a escola quando a família se mudou para o Rio de Janeiro. Na casa ao pé do morro da Babilônia, perto do mar, ele começa a cuidar de seus primeiros canteiros, motivado pela mãe que cultivava um jardim de estilo europeu, e pelo pai, que assinava revistas estrangeiras de jardinagem. Aos 19 anos, viaja para a Alemanha para se aperfeiçoar como desenhista. Lá, casualmente, descobre a beleza das plantas tropicais, numa visita ao Jardim Botânico de Dahlen.
e volta ao Brasil, Burle Marx começa a cultivar colecionar e classificar plantas num jardim na encosta do morro, atrás de sua casa. Seu primeiro trabalho como paisagista é feito a pedido do arquiteto e amigo Lúcio Costa, no início dos anos 30.

Burle Marx projeta um jardim revolucionário, usando plantas tropicais e a estética da pintura abstrata. O começo é difícil. Os jardins brasileiros obedecem ao modelo europeu: predominam azaléias, camélias, magnólias e nogueiras. A elite conservadora da época estranha o estilo abstrato e tropical de Burle Marx. Mas a renovação nas artes e na arquitetura é uma tendência mundial e irresistível para o conservadorismo da época. Burle Marx torna-se adepto da escola alemã Bauhaus, com seu estilo humanista e integrador de todas as artes.

No Brasil, um grupo de jovens arquitetos, profundamente influenciados pela c orrente francesa liderada por Le Corbusier, revoluciona a arquitetura. Entre eles, Oscar Niemayer e Lúcio Costa. A moderna arquitetura brasileira usa novos materiais. Aço, vidro e concreto pedem um paisagismo renovador. A associação entre Burle Marx, Niemayer e Lúcio Costa não pára mais.

Profundo admirador e apaixonado pela flora brasileira Burle Marx, realiza incontáveis incursões por todo país a procura de exemplares raros e exóticos. Encontra nas Bromélias um sentido inovador e revolucionário para dar asas a sua imaginação criativa e indômita. Em Brasília, assinou os projetos das áreas verdes do Plano Piloto e inovou ao usar o Buriti, uma espécie de palmeira, em espaços urbanos.

Pouco a pouco, através de estudos aliados a prática, torna-se botânico autodidata, especialista em plantas tropicais. Faz de sua relação com a natureza uma prática monástica. Sua reverência a flora torna-o pioneiro na luta pela preservação do meio ambiente. Burle Marx levou para o paisagismo o ideário da arte e arquitetura modernas. Rejeitou as flores exóticas com que o país compunha seus jardins públicos e particulares e trouxe para as praças a antes desprezada vegetação nativa. Compôs jardins como quem cria obras de arte. Pensou na topografia, no meio ambiente, na arquitetura e na plasticidade para projetar jardins e praças no Brasil e em mais de vinte países.


Burle Marx foi o paisagista que descobriu a riqueza da flora nativa do Brasil. Amante da natureza, chegou a catalogar 46 novas plantas e emprestou seu nome para várias espécies. Ao criar o projeto de paisagismo da Praça dos Cristais, Burle Marx utilizou 53 tipos de plantas, muitas delas não nativas do cerrado. Algumas não se adaptaram ao clima de Brasília e não sobreviveram. Outras resistiram e estão lá até hoje. Um exemplo é o Buriti de aproximadamente 12m que se encontra no local há 38 anos.
                                       Praça dos cristais, Brasilia.

O homem de cabelos e bigodes brancos já havia passado dos 70 anos quando decidiu coordenar uma expedição científica à Amazônia. Botânicos, arquitetos paisagistas e fotógrafos percorreram mais de 10 mil quilômetros em 53 dias de exaustiva rotina de observação, coleta de espécies, documentação, catalogação e embalagem de plantas vivas, como relata Vera Beatriz Siqueira em Burle Marx, da editora Cosac Naify.

O mesmo desbravador de florestas — que se apossou do espírito dos viajantes europeus dos séculos passados — era um paisagista que, na prancheta, desenhava projetos que ainda no papel já eram uma obra de arte. Apesar disso, “o desenho jamais determinou o destino do jardim, que o paisagista sabia ser imprevisível e instável”, como escreve Vera Siqueira.

Quando a pintora modernista Tarsila do Amaral conheceu as praças de Roberto Burle Marx (1909 / 1994), logo o chamou de Poeta dos Jardins. E, assim, sintetizou uma das grandezas do paisagista: projetar jardins como quem pinta um quadro. Ele reunia plantas e flores com cores, texturas e formatos complementares, entremeadas a painéis e esculturas, transformando a paisagem numa obra de arte. A busca pelo aspecto pictórico nas composições era uma das prioridades de Burle Marx, assim como a utilização de espécies nacionais, aponta Haruyoshi Ono, paisagista e diretor do escritório Burle Marx & Cia.


                 Burle Marx projetou o terraço/jardim do Edifídio Gustavo Capanema.

 Roberto Burle Marx doou o sítio de Guaratiba ,com 365.000 m2 e as mais de 3.500 espécies de plantas, muitas em vias de extinção, um espetacular acervo de obras de arte e uma biblioteca com mais de 2.500 livros ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN (na ocasião Fundação Nacional Pró Memória) 9 anos antes de falecer no Rio, em 4 de junho de 1994 .

O local se transformou em ponto de visitação turística para brasileiros de passagem no Rio e estudiosos de todas as partes do mundo. 



 
Curiosidades:

Pra quem não sabe, o Calçadão de Copacabana.. é um dos projetos de Burle Marx. O estilo curvilíneo do calçadão atual só foi delineao a partir de 1970 com o aumento da faixa de areia e o alargamento das pistas da orla e com o trabalho de Burle Marx.

               Suas famosas ondas pretas e brancas, em padrão mar-lago. (Calçadão de Copacabana, RJ)

Fontes:

Alunos responsáveis pela postagem e imagens : Jaqueline Cardoso, Josiane Araujo, Josilaine Pereira, Rafael Rodrigues, Laiane Jéssica, Brenda Alves, Fernanda, Deize Kelly, Tais Oliveira. 

Lúcio Costa

                            Arquiteto e urbanista brasileiro





Lucio Costa nasceu em Toulon, França, em 27 de fevereiro de 1902, filho de brasileiros em serviço no exterior. Seu pai era o almirante Joaquim Ribeiro da Costa. Estudou na Royal Grammar School de Newcastle (Reino Unido) e no Collége National, em Montreux (Suíça). Após retornar ao Brasil, em 1917, estudou pintura e arquitetura na Escola Nacional de Belas Artes, diplomando-se em 1924. Quatro anos depois, casou-se com Julieta Guimarães.
Em 1930 é nomeado diretor da Escola Nacional de Belas Artes, onde introduz mudanças no sistema de ensino. No ano seguinte, reformula o 38º Salão Nacional de Belas Artes, nomeando para o júri, entre outros, Manuel Bandeira e Anita Malfatti.
Em 1936 consegue convencer Le Corbusier a vir ao Brasil avaliar o projeto para o edifício-sede do Ministério da Educação, no Rio de Janeiro.
Em 1938 projeta, ao lado de Oscar Niemeyer, o pavilhão brasileiro da New York World's Fair.
Em 1954 perde a mulher num acidente automobilístico, do qual ele se julgaria culpado, por dirigir o carro em que viajavam.
Em 1957 vence o concurso nacional para a elaboração do Plano Piloto de Brasília.
No ano de 1960 recebe o título de professor "honoris causa" da universidade de Harvard (EUA). Quatro anos depois, é chamada para chefiar a equipe que projetou a recuperação de Florença (Itália), afetada por uma inundação.
Em 1969 inicia a elaboração do Plano Diretor da Barra da Tijuca (Rio).
Em 1976 participa, a convite dos escritórios Nervi e Lotti de Roma, da concorrência para a construção da nova capital da Nigéria (Abuja). A proposta não é levada adiante.
Em 1987 apresenta um trabalho intitulado Brasília Revisitada, no qual pede que se respeitem as quatro escalas que estiveram na concepção da cidade (monumental, residencial, gregária e bucólica).
Em 13 de junho de 1998, falece em sua residência no Leblon, na cidade do Rio de Janeiro.
 

Curiosidades: O nome completo do urbanista seria Lucio Marçal Ferreira Ribeiro de Lima e Costa. A grafia correta seria "Lucio Costa", sem acento no "u". Contudo, em várias publicações oficiais, e também em enciclopédias, se encontra "Lúcio Costa". Esta informação sobre o nome correto nos foi passada por Haroldo de Queiroz, arquiteto, Presidente do IAB/DF.


                                  Foto: Mário Fontenelle. JK e Lúcio Costa, 1957

"Com o tempo, a “cidade fantasma” foi sendo habitada, desenvolvida e passou a contar com seus próprios instrumentos para se expressar perante o resto do Brasil. Situada na sede do governo do país, a imprensa brasiliense tem grande poder de influência nas decisões políticas que aqui são tomadas. Em vista disso, nas décadas de 1970 e 1980, a fotografia feita em Brasília estava majoritariamente atrelada ao fotojornalismo. Ainda hoje é grande a parcela dos profissionais que trabalham com este nicho da fotografia. O fotógrafo Luís Humberto, que trabalhou nas revistas Realidade, Veja e Isto É, além de ter sido editor de fotografia do Jornal de Brasília, é referência imediata no que diz respeito à cobertura fotográfica da política no Congresso Nacional"


Fontes:  


Alunos responsáveis pela postagem de texto e imagens : Airton Gomes, Aline Dutra, Brenda Coutinho, Gregorio Gabriel, Tiago da Silva, Jessé Rodrigues, Jéssica G.